quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Meine Sommerferien

Muita coisa aconteceu desde o último post. Resolvi me desligar por um tempo do mundo virtual de blogs, e-mail, orkut, facebook, twitter, etc... Não tenho tido muita paciência. Mas agora que o semestre universitário está começando estou voltando aos poucos.
Vou relatar rapidamente os principais eventos dos últimos meses. Primeiro passei uma semana em Lausanne, na Suiça, na casa do meu tio Claudio. Tive a chance de conhecer melhor os meus dois priminhos suiços, a Hyanna e o Elliot, que antes da viagem só havia visto uma vez ha alguns anos. Descobri que o ano de françês na Unicamp não foi suficiente para conseguir me fazer comunicável, mas foi um ótimo exercício. Visitei vilarejos no meio das montanhas e conheci um pouco da vida na Suiça. O clima na cidade em Lausanne não chega a ser muito diferente do que eu tenho visto na alemanha até agora. Mas nada consegue superar as incríveis vistas nas montanhas.

Suíça


Algumas semanas depois eu fiz uma viagem ao norte da itália e sul da frança. Fizemos um esquema parecido com veneza, lotamos um carro com cinco e saímos dirigindo de cidade em cidade por cerca de 10 dias. Antes pegamos um vôo até pisa e alugamos o carro lá.


O vôo foi apenas €1 de ida e €10 de volta se não me engano. Isso porque existem ofertas especiais das companhias aéreas. A mais barata delas é a RyanAir. Éramos 4 brasileiros e uma alemã. Isso significa falar só inglês a viagem toda porque nem todos os brasileiros já estão falando alemão. As cidades que visitamos foram Pisa->Milão->Genova->Monaco->Nice->Saint-Tropez->Marseille->Cannes->Juan les Pains->Antibes e depois de volta pra Pisa. Ou seja, foi um trajeto de ida e volta na costa do mediterrâneo ao sul da França. Não quero descrever cada detalhe da viagem porque seria cansativo demais para mim e acredito que também para quem estiver lendo. Mas posso contar por cima algumas coisas.

Pisa (Sério?)

Tenho que dizer que não começou ideal. Fiquei doente um dia antes da viagem. Aguentei Pisa o dia todo andando no sol mas já no trajeto até Milão eu comecei a me sentir mal. Passei os próximos dois dias de molho e quase todo o resto da viagem com o nariz escorrendo. Acabei não vendo muito de Milão, onde ficamos quase 2 dias inteiros. Mas as principais atrações eu consegui visitar. Em segundo eu havia lesionado o joelho na semana anterior. Até os dois últimos dias da viagem eu não conseguia andar sem mancar. Mas o pior mesmo era subir escadas. Tem até um vídeo divertindo de como era o processo de subir escadas.




Genova

Mesmo com as dificuldades eu estava aproveitando bastante o meu tempo. E fizemos passeios muito legais em Genova. Mas o destino não ia deixar barato e quando chegamos em Nice (cidade excepcional) eu fui comprar band aids porque eu havia machucado o pé. Alguns minutos depois eu percebi que não conseguia achar a minha carteira. Imagino que tenha deixado ela cair quando fui colocar o band aid ou algo do gênero. Pode ser também que alguém tenha furtado da bolsa enquanto estávamos no meio do povo. Não sei ao certo o que aconteceu. Por sorte o meu passaporte não estava junto. De importante perdi apenas a minha carteira de motorista e uns 30 euros que estavam dentro. Os outros cartões foram fáceis de substituir. O ruim foi perder todo o dia em que poderíamos ter visitando os inúmeros museus gratuitos da cidade, as praias, palácio, parques, etc na delegacia de polícia. Fiquei por quase 4 horas na delegacia para conseguir fazer o B.O. O resto do dia ainda conseguiu render por sorte.

Nice

Mônaco me deixou um pouco enjoado. Até gostei bastante do aquário que é um dos mais famosos do mundo, mas não há nada para fazer em monaco além de ver as pessoas ricas, ferraris, lamborghinis e barcos luxuosos. E o casino é claro. Mas valeu pela experiência.



Monaco

Em Saint-Tropez tivemos um pequeno acidenten em que arrancamos o espelho retrovisor de outro carro. As ruas são bastante apertadas e cheias, tem que se dirigir muito cuidadosamente. Por sorte o proprietário do outro carro foi bastante simpático e conseguimos esclarecer tudo rapidamente. O seguro cobriria todos os danos.

Saint-Tropez

A partir daí eu não posso dizer que tenho algo a reclamar. Não me sentia mais doente, meu joelho não doía mais tanto e não tivemos mais nenhum incidente. Conheci cidades, paisagens, pessoas e culturas que eram totalmente novas para mim. Tenho que destacar os Calanques em Marseille que são mini paraísos nas entradas do mar nas montanhas. Em Marseille ficamos na casa de outros brasileiros que moram lá para não precisarmos pagar hostel. Encontrei coincidentemente alguns colegas unicampenses.

Les Calanques

Estação Central de Marseille

Em Munique tive uma fase muito legal de conhecer cada vez mais pessoas e me integrar melhor com alemães. Isso me rendeu até um convite para ir visitar Amsterdam por uma semana e participar, junto com uma turma da academia de artes de Munique, da montagem de uma exposição na galeria W139. Não pude ficar até o final do projeto porque as minhas aulas começaram ontem aqui em Munique e tive que voltar para casa.

Eu fiquei apaixonado por Amsterdam. Me lembrou muito veneza pelos canais mas com algumas diferenças. As pessoas são extremamente gentis e não houve uma pessoa que não mostrou esforço considerável para ajudar. Bastava abrir um mapa no meio da rua que alguém logo aparecia oferecendo ajuda para encontrar o que desejava (ok, até chegou a ser irritante porque às vezes eu sabia exatamente onde estava mas só queria dar uma olhada no mapa), ou lojistas que chegavam a sair da loja e deixar tudo aberto só para mostrar aonde estava o próximo caixa automático de banco. E foi engraçado notar como todos falavam perfeitamente inglês e quase sem sotaque. Foi um contraste muito grande com a França onde NINGUÉM falava inglês ou apenas se negavam a sequer tentar entender o que você estava perguntando se não fosse em francês. Era irritante quanta arrogância eles demonstravam nesse sentido. Nem todos os franceses eram mal humorados na rua, mas muitos infelizmente.

Visitei os museus de Van Gogh e Rembrandt. Excelentes.
Fiquei admirado também com as casas-barco. São simplesmente casas que flutuam nos canais e tem endereço fixo. Tenho muito mais a dizer sobre amsterdam mas talvez eu deixe isso pra outro post.

Amsterdam (reparem na casa mais fina de amsterdam na última foto)

Estou me mudando de moradia em Munique. Resolvi procurar alguma coisa que fosse mais próxima da universidade. Aonde moro agora eu gasto quase 50 minutos até a uni e gasto relativamente bastante dinheiro com passe de transporte. Por sorte, pois é muito difícil nessa época do ano, consegui um quarto não só numa das moradias mais legais de Munique, como também a 3 quadras da universidade e pagando metade do que eu pago agora. Consegui arranjar isso após apenas 3 dias de busca quando há pessoas que esperam 1 ou 2 semestres em listas de espera para conseguir quartos. Fiquei muito feliz com isso. Dessa maneira economizo quase €150 por mês o que é bastante oportuno pois eu tenho gastando um pouco demais com tanta viagem.

Depois dessas férias prolongadas eu estou me sentindo bastante empolgado para começar o semestre com entusiasmo. Visitei as primeiras aulas ontem e hoje e já tenho vontade de começar a estudar. Mas eu sei que isso provavelmente não vai durar muit tempo. Vou tentar contruir uma rotina bastante cômoda e agradável para que essa sensação dure o máximo possível. O primeiro passo foi dado quando eu encontrei um quarto no centro. O segundo seria organizar os meus horários para conseguir conciliar estudos com esporte. Tenho sentido falta de esportes. O problema é que agora o inverno está chegando, o que dificulta um pouco as coisas. Não haverá mais a possibilidade de dar uma corridinha ou ir até o parque para jogar capoeira.

O tempo mudou drasticamente na últimas semana. Se ha apenas duas semanas ainda se podia andar de camiseta na rua e ainda sentir calor toda vez que pegava um ônibos, agora já começou a nevar. Nevou já dois dias seguidos e todos os alemães dizem que isso não é nem um pouco normal para essa época do ano. As árvores mal começaram a amarelar. Hoje eu saí de casa com duas calças uma sobre a outra, duas blusas, um casaco de inverno e cachecol porque ontem com apenas uma blusa por baixo eu não suportei de frio. As orelhas são as que mais sofrem. Talvez eu compre um desses protetores ou um gorro que cubra as orelhas. Hoje fez entre 0° e 10° mas ontem foi bem pior. Nem quero imaginar como vai ser quando o inverno chegar para valer. Ironicamente em Amsterdam até que estava bem quente, mas em compensação estava chovendo quase todo dia.

Preciso entrar na minha próxima aula agora. Colocarei as fotos e os links pros albuns assim que chegar em casa e postarei.

Mais fotos em http://picasaweb.google.com.br/andre.pcrs


Grüße!

"Condomerie" em Amsterdam ao lado da Galeria onde estava hospedado

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Leute, Tierpark und Nürnberg

Vou esperar um pouco as minhas idéias sobre o tema ambiental amadurecerem antes de escrever mais sobre o assunto. Estou muito envolvido com outros temas no momento e por mais que eu gostaria de escrever sobre tudo aqui, acho que ficaria um blog muito pesado e cansativo para a proposta que eu tinha em mente inicialmente. Quero escrever histórias sobre a viagem. Mas não se preocupem que espontâneamente eu publicarei temas que envolvam um pouco mais de discussão.
Estou na reta final para as provas do semestre. Faltam apenas alguns dias para que eu esteja de férias e até lá muita coisa ainda tem que ser revisada. Mas isso não me impede de encaixar alguns programas. Fim de semestre significa também muitas festas. Nos últimos tempos conheci muitos alemães e me envolvi em mais ambientes que os alemães frequentam. Isso me dá uma perspectiva totalmente diferente de antes sobre o estilo de vida da cidade e principalmente dos estudantes. Ontem mesmo fui a um show de várias bandas de rap alemão. Fiquei feliz por entender todos os textos (com excessão da banda que cantava em bayerisch). Conversei com várias pessoas e sinto que existe uma certa rebeldia muito forte entre os jovens alemães. Muito mais do que acredito ter visto nos brasileiro. Os alemães saem de casa muito cedo e se desprendem da família com muita facilidade. São ensinados desde pequenos a serem independentes.

O que eu quis dizer com rebeldia é que encontro muitas pessoas extremas, pessoas que querem estar o mais longe possível de tudo que possa ser considerado normal pela maioria. Conversei com uma garota ontem que acredita que a instatisfação dos alemães se deve à falta de sol.

Talvez eu esteja um pouco sensível a esses detalhes porque estou em um ambiente diferente do meu usual. São estudantes que conheço na maioria, mas acredito que mesmo no brasil, se eu fugisse um pouco mais do núcleo das áreas de engenharia, encontraria coisas muito similares. Embora já o faça de certa forma. O que vejo é um desejo de se expressar constantemente. Alguns de forma mais sutil e outros de forma muito estridente e marcante. Na maioria das vezes não me agradam os métodos e o ar agressivo que vejo nas palavras e nas maneiras das pessoas. Intolerância ou insatisfação são sentimentos muito fortes, e saber controlá-los e canalizá-los em prol de algo construtivo não é tarefa das mais fáceis. Fui a algumas exposições de arte nas academias de arte aqui de Munique e em Nürnberg e também a uma exposição de design e fotografia na Fachhochschule. Nürnberg é uma cidade relativamente próxima e muito bonita. É impressionante a quantidade de energia e tempo que vejo sendo aplicada para produzir obras e transmitir conceitos. Mas vi tanta coisa que não consegui dar o valor e o tempo de reflexão suficientes. Alguns conceitos são tão difíceis de captar que é quase impossível apreciar a obra sem uma explicação do artista. Acho incrível como arte aqui é valorizada e respeitada por todos, e acima disso, apreciada.

Finalmente visitei o zoológico de Munique. Adorei, é muito legal. Tirei várias fotos e fiz vídeos.





Na minha visita a Nürnberg também tirei algumas fotos. Essas e mais fotos do zoo estão aqui:

http://picasaweb.google.de/andre.pcrs/TiergartenMunchen#
http://picasaweb.google.de/andre.pcrs/Nurnberg#


segunda-feira, 13 de julho de 2009

Atomkraft

Depois do último post onde falei de greenpeace e ambientalismo eu me senti motivado em escrever sobre outro tema muito controverso. Um dos pontos que me faz discordar do greenpeace. Energia nuclear. Nesse sentido, o grupo não apresenta nenhuma argumento realmente válido a respeito da sua posição de estar contra energia nuclear.


Acho interessante postar isso aqui pois é um tema muito atual tanto na alemanha quanto no brasil. A alemanha atualmente é líder em energia sustentável, renovável e limpa. Adotou um política de gradualmente desativar todas as suas usinas nucleares e contruir mais campos de energia eólica. A frança por outro lado, tomou um caminho quase contrário e tem uma quota de 80% de sua energia sendo nuclear.

Eu estou aberto a argumentos, mas de tudo o que eu sei sobre o tema, estou bastante convencido de que energia nuclear é a solução mais viável, mais confiável e mais barata disponível. Pensei em criar todo um post com todos os argumentos sobre o tema, mas achei vídeos no youtube que já fazem isso com muito eficiência.






Basta navegar um pouco para achar toneladas de informações e vídeos.
Acho engraçado como a não utilização de energia nuclear (evidente nesse último vídeo principalmente) vai tão contra todos os outros conceitos que o greenpeace prega e todos os seus argumentos se concentram no medo.


Ciao!

HOME

Assisti dois documentários nesse fim de semana que me agradaram muito e tem tudo a ver com os meus pensamentos relativos à viagem. O primeiro se chama "Shroeder liegt in Brasilien", a tradução é "Shroeder fica no Brasil" e é um documentário/comédia focado em mostrar e ridicularizar os estereótipos que se criam sobre os brasileiros e os alemães. Muito engraçado e interessante, faz você se dar conta como agente é afetado por esses pré conceitos e como isso pode me fechar, por exemplo, para ter a chance de conhecer os alemães como indivíduos e não como povo. Refletindo sobre a minha experiência dos últimos meses, percebo como quase todos os alemães que conheci nada tem da fama de mal humorados e frios. Muito pelo contrário, são muito soltos, alegres e divertidos.


O segundo documentários se chama "Home". É um documentários dirigido por um fotógrafo francês chamado Yann Arthus-Bertrand. O filme utiliza câmera e técnicas de filmagem aérea inovadoras. A fotografia do filme é impressionante, não da pra não ficar de boa aberta por mais da metade do filme. É incrível como depois de quase duas horas você ainda continua olhando pra tela e falando "uau". O filme saiu simultâneamente no cinema, dvd e internet pra atingir o máximo de pessoas possíveis. Ao mesmo tempo que é belíssimo, é um tanto assustador. Trata sobre os efeitos e a devastação causada pela civilização humana ao planeta, das grandes desigualdades e das expectativas para o futuro. A música é muito eficiente também em trazer um clima muito coerente e impactante. Depois de três quartos do filme você começa a se sentir muito mal e chocado com a informações que vai recebendo e como a situação está realmente desesperadora. Estava pensando se em algum momento o filme começaria a mostrar também algum tipo de "notícia boa". E o fez. O final é do tipo que busca encoragar a todos a participar de um movimento que é crucial nesse momento. Um movimento de consciência onde a preocupação não é mais nem se nossos filhos terão do que viver, mas se nós mesmos ainda teremos tempo. Todos os fatos são extremamente atuais e a consciência de que não se pensa mais em décadas ou mais quando se trata de mudanças ambientais abruptas, mas em meses, é assustadora. E sim, o filme tende a assustar, ele tenta provocar emoções que te façam refletir. A mensagem é: É tarde demais para pessimismo, nós temos e devemos viver um paradigma diferente.

Trailer:


Digo que isso tem a ver com a minha viagem porque tenho percebido uma consciência e preocupação ambiental muito forte nas pessoas daqui. Isso me veio de diversas maneiras. A reciclagem, a quantidade de produtos ecológicamente corretos e alimentos sem agrotóxicos nas lojas, a quantidade de vegetarianos que conheci aqui e como todos os restaurantes tem sempre uma seção de cardápio para vegetarianos. Existem grupos greenpeace e outros onde basta aparecer para participar. E a eficiência desses grupos eu acho impressionante. Me lembro das organizaçoes estudantis no brasil e a quantidade de reuniões que se fazem sem que nada seja resolvido, é sempre burocracia sem fim e irritante. As pessoas aqui simplesmente se encontram, é tudo muito próximo e logo saem para atividades que não envolvem apenas protestos mas workshops, trabalhos artísticos, campanhas de conscientização e projetos e propostas que são enviadas para os governos. Tudo muito rápido e vindo apenas da boa vontade das pessoas envolvidasl.
Pesquisei o greenpeace no brasil e pelo jeito as só existem 4 grupos de encontro no país inteiro e caso queira se voluntariar precisa se candidatar e passar por entrevistas que existem duas vezes ao ano porque as"vagas são limitadas" (!!!!!). ¬¬ Tudo o que eu encontro no site são propagandas incentivando doações. Quase não há notícias, não há atividades, nada.... enviei um e-mail perguntando o porque disso mas até agora não recebi resposta.

Aprendi muito com esses grupos aqui e pretendo com certeza começar ou me envolver com algo parecido na brasil quando voltar.

Andei navegando um pouco no youtube sobre o tema e acabei esbarrando com progagandas e documentários "anti aquecimento global e ambientalismo". Onde é pregado que essa onda toda de aquecimento global é apenas uma forma de assustar as pessoas e trazer dinheiro para as grandes e malvadas corporações da área de energia sustentável. Sim, porque afinal é disso que os ambientalistas estão atrás, dinheiro. Tratando os ambientalistas como extremistas e com frases como "eles querem te assustar", "eles querem culpar você", "é tudo uma grande mentira", "eles querem salvar os pássaros mas não você", esse tipo de progagando descaradamente tenta tirar o peso da consciência de todo e bom consumidor americano de grandes carros potentes. Vi documentário defendendo que a forma de vida dos homens nada traz de prejudicial ao clima (não se cita meio ambiente nesse ponto). É impressionante o quão cara de pau esse tipo de campanha é e o quão transparente são as intenções de grandes corporações por trás disso.
Bom, quem quiser links tem alguns aí embaixo, basta navegar na barra lateral do youtube pra achar outros. Mal consigo mais assistir... sinto dor por quem precisa dessa ignorância para se sentir aliviado dentro do seu castelo de luxúria e vaidade. De quem tem medo de perder os seus previlégios frente à grande e devastadora maioria dos que vivem na miséria.

http://www.youtube.com/watch?v=sHMOEVRysWE
http://www.youtube.com/watch?v=-zeGY8zbzc8&feature=related

Assisti também um trecho de palestra que iguala o ambientalismo a religião ou culto dos desesperados que não tem deus. O palestrante é muito eficiente mas eu não concordo com a maior parte.
É interessante notar os comentários das pessoas que concordam com o vídeo.

"who cares about the environment anyway? some stupid self-loathing liberals who hate america and god. exterminate every endangered species already, who needs them? we can do fine without the environment, we'll move to space if we have to. i don't care how the world will look in a hundred years, i will be long gone by then so why should i care?"

"There are six billion people and counting on this planet wanting material things the simple fact is you cant stop progress .which means the planet cant be saved or the envoirment cant be saved. people better stop caring about the envoirment so much and instead go out and save some souls for the new world to come.maybe anyway if so many people didnt have a materialistic worldview and had a creation bible believing worldview the world would be a better place to live in."

Bom, reforço a recomendação para o filme HOME e me despeço por agora.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Neue Kamera

Esse é um post bobo. É que comprei minha nova câmera fotográfica. A outra eu deixei cair e o conserto foi orçado em €280,00... eita quedinha cara.

Decidi comprar uma nova e mais resistente. Essa é à prova de água, queda, areia, etc...
Bom, ta aí a dica pra quem estiver procurando uma boa câmera nesse estilo e com boa qualidade de imagem, além de gravar vídeo em HD 720p, é Panasonic Lumix DMC-FT1.. mas acredito que fora da europa o nome é DMC-TS1.

Pena que eu não a tinha durante a viagem a Veneza, seria útil na praia. Agora preciso recuperar o tempo perdido (já que fiquei uns 2 dias pesquisando o melhor modelo na internet como sempre faço quando compro algo mais caro) e pegar um pouco mais firme nos estudos. O barulhinho da chuva ajuda. Por falar em chuva ja está chovendo todo dia há quase duas semanas direto... coméquipode...

terça-feira, 30 de junho de 2009

Mahlzeit

Depois de meses sem comer um tradicional arroz com feijão encontramos uma loja mexicana que vende produtos brasileiros também. A Cíntia comprou um kilo de feijão preto e preparamos uma farta refeição para matar as saudades.


É engraçado como aos poucos a saudade da nossa cultura vai batendo. É difícil não sentir.

Estou me encaminhando ao último mês de aulas do semestre e tenho bastante matéria para estudar. Como aqui não há provas no meio do semestre, apenas uma no final para cada matéria, dá um pouco de medo. Para campos eletromagnéticos 2 terei apenas uma prova de 60 minutos. É estranho pensar que todo o estudo de vários meses vai ter que ser avaliado nesse curto tempo. Para quem é reprovado não há exame ou recuperação, resta apenas refazer toda a matéria.

Acho que não tinha comentado antes mas, nós brasileiros Eubranex, ganhamos o campeonato de futebol TUMi (campeonato disputado entre todos os intercambistas). Empatamos apenas para os franceses.... O prêmio era cerveja é claro.


Sexta passada teve uma grande festa em Freising, cidade vizinha próxima onde alguns dos brasileiros do grupo moram e onde também há um campus da universidade. Chama-se Freibierfest (festa da cerveja open bar). Foi só para começar a entrar no clima de quando a oktoberfest chegar. Por falar em oktober, comemorarei o meu aniversário com os outros aniversariantes de setembro reservando uma mesa grande em uma das tendas da oktoberfest. É loucura mas a maioria das reservas já se esgotaram desde o ano passado!! Algumas poucas tendas ainda tem vaga e tentaremos agendar.

sábado, 13 de junho de 2009

Fünf Brasilianer in Venedig

Há algumas semanas passei 5 dias em Veneza, não queria deixar de comentar a respeito aqui pra vocês. Eu sempre tive uma vontade muito grande de conhecer a cidade e posso dizer com toda certeza que foi espetacular. Alugamos um carro em 5 pessoas, conseguimos um GPS e partimos para a aventura.


No caminho decidimos fazer algumas paradas para conhecer algumas outras cidades da rota. Paramos por algumas horas em Innsbruck na Áustria e depois um pouco em Verona, ja na Itália. A vista dos alpes em Innsbruck é impagável. Não há como descrever a impressionante atmosfera que a proximidade com algo tão monumental traz. As fotos não conseguem traduzir nem um quinto do que é.


O trajeto foi muito tranquilo no geral. Revezamos no volante de tempos em tempos e apreciamos as 6 horas de estrada nos divertindo com brincadeiras como compor histórias onde cada contribui com 2 palavras por vez, troca (pra quem ja viu Improvável) ou cruzar a ponte. Até pensei em sugerir uma caça a fuscas, mas logo percebi que seria um fracasso.


Verona infelizmente não tivemos muito tempo de conhecer porque não tínhamos certeza até que horário poderíamos fazer check-in no camping e não queríamos correr muito risco. Mas deu pra ter um pequeno vislumbre. A primeira coisa que reparamos na pessoas ao desembarcarmos foi como elas se vestiam bem para dar um rolê na cidade. Por "bem" eu me refiro a roupas chiques, muita grife e peças de estilo bastante sociais. Foi um contraste em relação à Alemanha. Outro contraste evidente foi o sorriso com que o vendedor de sorvete nos atendeu. Agente nem tinha percebido como ficou mal acostumado aqui na Alemanha ao tratamento.


Nas últimas horas da ida, quando estava escuro já, o GPS resolveu apontar que estávamos no meio do oceano Pacífico e reclamava que não encontrava estradas ou ruas nas proximidades que nos conectassem ao destino final. Isso durou lá cerca de meia hora. Mas não foi nada que não pudéssemos contornar, pois tirando algumas eventuais discussões em frente a bifurcações onde cada metade do grupo mandava o motorista virar para um dos lados (e quase acabamos não virando pra lado nenhum), ou ruas sem saídas, ou balões contornados mais de uma vez até que nos decidíssemos sobre qual caminho seguir, achamos nosso destino sem grandes acidentes.

Já bem próxima do camping passamos por uma rua muito comprida mas muito estranha. Era bem estreita, a ponto de o carro ter que sair do asfalta toda vez que um carro vinha do outro lado. Tinha árvores, parecidas com pinheiros bem altas que faziam paredões de cada lado. Não tinha qualquer iluminações senão a dos nossos faróis. Típica cena de terror. As placas só eram visíveis quando chegávamos muito próximos pois havia um leve neblina no ar. A placa dizia para tomar cuidade pois a pista poderia estar escorregadia. Dez metros á frente havia uma poça de sangue enorme no chão..... As meninas não gostaram muito do momento (porque os homens é claro que não ficaram assustados). Devia ser alguma animal que fora atropelado ali, mas isso coincidir com a tensão do momento, a placa de escorregadio, a neblina, o GPS não funcionar, não haver recepção de rádio na redondeza, o enclausuramento da rua e tudo fez aquilo bastante memorável.

Depois de chegarmos, nos acomodarmos e tomarmos uma cervejinha na praia para comemorar, durmimos pesado para começar as explorações no dia seguinte.


O camping em que ficamos se mostrou muito bom, assim como o Bangalow no qual nos instalamos. Há áreas de montagem de barracas, trailers e o nosso caso, bangalows na beira da praia. Há um pequeno clube interno com piscina, restaurante e playground.


Como estávamos na península de Punta Sabbione, precisávamos de um vaporetto para chegar até Veneza ou qualquer uma das outras ilhas.

Daí pra frente as fotos ja dizem tudo. Nos divertimos tirando ao total mais de 2000 fotos. Fiz o melhor que pude filtrando e consegui guardar tudo em dois àlbuns, totalizando cerca de 650 fotos ou algo assim.

A ilha de veneza tem um formato parecido com o de um peixe, nos 4 dias que ficamos visitamos praticamente todas as partes de ilha. É difícil não parar a cada duas esquinas para admirar a paisagem do canais, das construções ou se perder em alguma das lojas de souvenirs. Máscaras, quinquilharias de murano, máscaras, murano, mais máscaras e oh.. mais coisa de murano.


Próxima da praça são marco (o grande point turístico da cidade) onde encontramos o pallazzo, a torre, a basília de são marco e um milhão de pombos esfomeadas e incrivelmente dóceis também havia alguns artistas vendendo pinturas. Acabei comprando uma pequena pintura do cenário da ponte de rialto. Acho que estou começando uma coleção de pinturas de cidades famosas que visito, começou com praga.


Visitamos algumas das ilhas vizinhas também. Como a ilha de Murano por exemplo. Trata-se de uma primeira comunidade de pescadores que prosperou bastante. E famosa pela curiosidade de cada família estar vinculada a uma cor, assim, cada casa é pintada com a cor da respectiva família. Quando reconhecemos cores iguais em casas, é porque podemos deduzir que trata-se da mesma família.


Torres tortas parece ser coisa comum na Itália, encontramos uma em Murano e outra em Veneza.

Visitamos também a ilha de Torcello. Uma pequena ilha de refúgio dos venezianos na época das invasões bárbaras que apresenta paisagens naturais muito bonitas, ruínas muito antigas, igreja e jardins.


Os grandes museus de veneza são impressionantes e quantidade e qualidade de elementos. O Pallazo foi uma atração sem comparação em coleção de obras de arte, arquitetura, história e objetos. Há um salão quase do tamanho de um campo de futebol dentro do palácio com um teto de cerca de 12 metros de altura. Todas as paredes e o tato completo são forrados com pinturas renascentistas enormes, sendo que uma delas, inclusive ocupa uma das paredes inteira de 27x10 (aproximadamente) como uma peça só. Obviamente não era permitida tirar fotos dentro do complexo.


Vídeo da praça San Marco ao final da tarde:
http://picasaweb.google.de/andre.pcrs/Venezia1#5340276973508374450

Encontramos no primeiro dia uma Brasileira que mora em Veneza há mais de 7 anos. Quando nos demos conta havíamos encontrado uma guia turística falante de português e de graça no meio da cidade. Recebemos muitas dicas para o nosso passeio. Visitamos feiras, praças, igrejas, ruelas, restaurantes, parques, pontes, museus, etc... Tomamos até um pouco de Prossec com copinhos de plástico numa das praças de universitários de venezia.


Isso foi a segunda garrafa que compramos depois porque a primeira, de tanto carregar de um lado pro outro, literalmente explodiu dentro da sacola que eu estava carregando.


Ao final do último dia, aproveitamos o fato de o sol se por apenas por volta das dez da noite e curtimos o máximo possível a praia. Calor não fez falta, não mesmo. Fazia 35 graus durante a noite na nossa estadia...


Na volta revezamos em turnos de volante e sono até chegarmos são e salvos na ja tão familiar Munique.

Queria deixar esse post pra tras logo pra poder ficar aberto a mandar mais posts um pouco mais corriqueiros sobre as aventuras menores que tenho vivenciado por aqui.

Aqui estão todas as fotos to roteiro,

http://picasaweb.google.de/andre.pcrs/Innsbruck#
http://picasaweb.google.de/andre.pcrs/Verona#

http://picasaweb.google.de/andre.pcrs/Venezia1#
http://picasaweb.google.de/andre.pcrs/Venezia2#

As de veneza não estão perfeitamente em ordem cronológica porque era mais de uma câmera.



Até breve!